Manifestantes se reúnem, no Rio, em defesa da Lava Jato e contra a corrupção
Protesto foi convocado pelas redes sociais através do movimento "Vem pra rua". Concentração em Copacabana começou por volta das 10h. |
Chuva e vento na manhã deste domingo (4) não intimidaram manifestantes que foram a Copacabana, Zona Sul do Rio, participar de um protesto em defesa da Operação Lava Jato, e contra as mudanças nas medidas propostas pelo Ministério Público Federal para combater corrupção.
"As principais [pautas] são: primeiro, defesa total à Lava Jato; as dez
medidas sorrateiramente empurradas e modificadas; contra esse jogo sujo
e antigo de fazer política, achando que é o quintal da casa deles e
contra a corrupção em geral", disse uma das coordenadoras do Vem Pra
Rua, Adriana Balthazar.
A concentração começou tímida por volta das 10h e, logo depois, se
multiplicaram as camisas amarelas, guarda-chuvas e capas com as cores da
brandeira brasileira.
Muitos dos que foram ao bairro da Zona Sul carioca exibiam cartazes com
mensagens de apoio ao juiz Sérgio Moro, encarregado por julgar
processos ligados à Lava Jato.
Ambulantes aproveitavam para vender "pixulecos", apelido dado a bonecos
infláveis caracterizados como políticos. Entre os personagens, a
tradicional representação dos ex-presidentes Lula e Dilma vestidos como
presidiários. A inovação era um bonequinho do juiz Sérgio Moro vestido
de super-herói.
No meio da multidão que se formava, um homem e um cavalo surgem e atraem
os olhares de curiosos. O empresário Luiz Carlos Demoner, de 68 anos, e
o cavalo Oásis já estiveram em outras manifestações este ano. Mais uma
vez, o dono do animal diz ter vindo de Xerém, município da Baixada
Fluminense, para fazer coro aos manifestantes que pedem a saída de
políticos.
"O povo está muito humilhado, oprimido. Não tem emprego, não tem
segurança, não tem trabalho, não tem nada. Nesse Brasil não tem mais
nada. Esses políticos não têm vergonha na cara e infelizmente a gente
está pagando o preço. Eu vou dizer uma coisa para você que é jovem [se
referindo ao repórter]: eu tenho direito de fazer isso aqui, ó, montar
nesse cavalo e vir aqui, em Copacabana. Eles [os políticos] não podem
sair, ir a lugar nenhum", disse. Por volta das 14h, os manifestantes
começaram a dispersar.
http://g1.globo.com/rio
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