Justiça deve ser fonte de "sossego" para o cidadão, diz Cármen Lúcia
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, diz que a Justiça tem papel de pacificadora na sociedade |
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse
hoje (5) que a Justiça mais do que nunca tem um papel de pacificador da
sociedade, devendo ser uma fonte de “sossego” para o cidadão, num
momento em que há uma grande intolerância com a ineficiência do Estado
brasileiro.
“O Estado tem sido nossa única opção. Ou é a
democracia ou a guerra. E o papel da Justiça é justamente de pacificar.
Portanto, temos um compromisso direto de sermos responsáveis por trazer
sugestões, propostas, projetos, fluxogramas, para que nós consigamos
proporcionar um pouco de sossego ao povo brasileiro, no que seja nossa
competência”, afirmou a presidente do STF e também do Conselho Nacional
da Justiça (CNJ).
Cármen Lúcia, que discursou na abertura de um
encontro anual em que o Poder Judiciário define as metas para o ano
seguinte, pediu união entre os juízes em um momento de “extrema
dificuldade”, para que elaborem metas e políticas públicas para o
Judiciário “não com parcialidade, mas com os valores da democracia”.
O
compromisso último do Poder Judiciário, disse Cármen Lúcia, é fazer com
que a sociedade não deixe de acreditar na Justiça, sob o risco de que
os cidadãos passe a praticar a “justiça pelas próprias mãos... que nada
mais é que exercer a vingança, que é a negativa da civilização, a não
civilização”.
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
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