Apoio do PT a candidato do PMDB à presidência do Senado é fruto de acordão
O senador Eunício Oliveira | Foto: Pedro Franca / Agência Senado |
O acordo firmado para o fatiamento do julgamento do impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff, que permitiu a manutenção dos direitos
políticos da petista, teve contrapartida o apoio do PT para eleição para
a presidência do Senado.
Segundo informações do jornal Folha de S.
Paulo, o acerto foi costurado no último dia 30 de agosto, em uma reunião
após as 22h, no gabinete de Renan, com os senadores Humberto Costa
(PT-PE) e Paulo Rocha (PT-PA), a poucas horas da votação final.
O PT
nega o acordão, mas a maioria da bancada, a terceira da Casa, vai votar
no candidato que deve ser lançado oficialmente pelo PMDB no final de
janeiro, Eunício Oliveira (CE).
Petistas angariam, por sua vez, mais
espaço na Mesa Diretora – Eunício prometeu o comando da Comissão de
Assuntos Sociais, uma das maiores do Senado, menor, porém, que a
Comissão de Assuntos Econômicos, que este ano foi presidida por Gleisi
Hoffmann (PT-PR) no último biênio.
Desta vez, o colegiado ficará com
Tasso Jereissati (CE). Parte dos senadores petistas consideram uma
contradição apoiar um nome do PMDB após o impeachment.
Os que defendem o
nome argumentam que Eunício não se expôs durante o julgamento de Dilma,
em atitude oposta ao único concorrente até agora, José Medeiros
(PSD-MT), destacadamente contra a ex-presidente. Já na Câmara, é
acirrada: além de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tentará a recondução mesmo
proibida pela Constituição, sete peemedebistas tentam ser indicados à
primeira vice-presidência da Câmara – um deles é o deputado federal
Lúcio Vieira Lima.
Maia também deverá enfrentar o “centrão”, como é
conhecido o bloco de partidos médios, como PP, PTB e PR, composto por
cerca de 200 deputados. O centrão, no entanto, está dividido.
(Informações: Bahia noticias)
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