A Odebrecht mandava na República por Samuel Celestino
Foto: Reprodução / Investing |
Somente após a delação dos 77 executivos da Odebrecht,
principalmente a delação do ex-executivo Cláudio de Melo Filho, chega-se
à conclusão de que o comando da República estava na verdade
representada pela principal empreiteira que organizava o cartel e, com
ele, os políticos, à frente dos quais estavam o senador Romero Jucá e o
presidente do Senado, Renan Calheiros, além de muitos outros. Espera-se
agora com o recesso, que só terminará no início de fevereiro, o que
surgirá em 2017. O segmento político fechará o ano à deriva, sem nenhum
conceito e totalmente estremecido. Dentre eles estão o presidente Michel
Temer e seus dois “assessores”, Eliseu Padilha, que deixará a Casa
Civil, assim como Moreira Franco que, na condição de secretário, também
se despedirá do Palácio do Planalto. Sobre Temer fica-se na expectativa
do que poderá acontecer se ocorrer a sua queda do cargo. Se assim for o
país poderá ficar à deriva, mas deve-se levar em consideração que esta
suposição ainda não está em pauta diante da realidade do momento. A
delação dos executivos da Odebrecht colocou a nu a situação em que o
país se encontra, com os cafajestes da política envolvidos em
enriquecimento com as concessões a eles feitas pelas empreiteiras, o que
não era do conhecimento da República. Próximo ao Natal, a tendência
agora é aguardar quando fevereiro chegar para, então, tomar-se novos
sustos sobre os novos acontecimentos que surgirão e não serão poucos.
Comentários