Saneamento básico pode passar a ser direito constitucional
O saneamento básico poderá passar a ser um direito previsto no texto constitucional. A PEC 2/2016,
apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), modifica o
artigo 60 da Constituição e torna o saneamento um direito social, assim
como educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, alimentação, previdência
social e segurança.
Levantamento do Instituto Trata Brasil,
com base nos dados de 2014 do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento, mostrou que metade da população brasileira não tem esgoto
coletado em casa e que cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso à
água tratada, aponta o senador.
Randolfe destaca que a falta de
saneamento básico causa graves problemas de saúde à população. O site
Portal Saneamento Básico listou uma série de doenças decorrentes do não
tratamento de água e esgoto. Entre elas, febre amarela, hepatite,
leptospirose e febre tifoide, além de infecções na pele e nos olhos.
O parlamentar acrescenta que embora
esteja ligado ao direito à saúde, o saneamento básico é esquecido, daí a
necessidade de ser tratado como um direito social próprio, para que
políticas públicas sejam desenvolvidas de forma mais específica.
"As consequências têm sido muito graves
para a qualidade de vida da população, principalmente da parcela mais
empobrecida. Nas periferias, nas regiões interioranas e nos grandes
centros populacionais, a falta de saneamento básico é problema central
para a falta de saúde", afirma Randolfe.
A PEC 2/2016 aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
(Fonte da Agência Senado)
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