Rui Costa entre a cruz e a caldeirinha por Samuel Celestino
Foto: Bruno Concha/ Ag. Haack/ Bahia Notícias |
Existe uma expectativa, mas nem tanto, que leva o governador Rui Costa a ficar entre a cruz e a caldeirinha, ou seja, refletindo sobre a sua saída do PT para outra legenda. É natural um raciocínio dessa ordem porque o seu partido foi um desastre nessas eleições para as capitais. No primeiro turno o desastre foi ainda maior. O partido desabou da condição de uma das maiores legendas da República, comandado por Lula desde a sua primeira gestão na presidência e sequenciado por Dilma Rousseff, que, como se sabe, não chegou a concluir o segundo mandato. Foi esta queda que devastou o PT. Passou da condição de grande para a décima posição como partido político. O governador Rui Costa ficará com pouca alternativa se continuar no PT, por pretender ser candidato à reeleição em 2018 para o seu segundo mandato. ACM Neto foi o grande vitorioso dentre os candidatos às prefeituras das capitais e passou a ser um adversário fortíssimo no combate que certamente ocorrerá entre os dois prováveis candidatos ao governo da Bahia. Se Neto foi o vitorioso, com Rui Costa aconteceu o inverso, exatamente em consequência da queda vertiginosa do PT em todo o país. O candidato derrotado à prefeitura de Vitória da Conquista, Zé Raimundo, está a dizer o que já se propaga: a rejeição nacional do Partido dos Trabalhadores o derrotou. Mais adiante, queira-se ou não, acontecerá exatamente o mesmo nas eleições futuras, até que ocorram mudanças políticas. O PT teve a sua fase áurea com Lula e definhou com Dilma. Não estará, assim, em condições de apresentar um candidato à Presidência da República em 2018. O líder da legenda atravessa uma fase complicadíssima e responderá a processos podendo ser, ou não, condenado. Tal situação está a levar o PDT realizar movimentações para lançar Ciro Gomes como candidato a presidente a partir da região nordeste. Ciro já foi candidato por duas vezes e agora entende que será a sua vez. Está tentando catequizar Rui Costa para leva-lo para o seu partido (entenda aqui). A depender dos acontecimentos futuros, será uma das alternativas para o governador baiano.
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