Relatores especiais da ONU defendem no STF aborto legal em casos de zika
Foto: André Borges / Agência Brasília |
Relatores especiais do Conselho de Diretos Humanos da Organização das
Nações Unidas (ONU) defendem em ação que tramita no Supremo Tribunal
Federal (STF) que pode se configurar como tortura negar aborto legal a
mulheres infectadas pelo vírus zika e que desejam interromper a
gravidez. Segundo informações do jornal O Globo, a manifestação é
inédita e consta de parecer enviado ao STF por quatro representantes da
ONU, de forma independente da entidade. O documento deverá ser integrado
à ação direta de inconstitucionalidade (Adin), ajuizada em agosto pela
Associação Nacional de Defensores Públicos, referente aos direitos das
mulheres em meio à epidemia de zika. A Adin inclui acesso a aborto
seguro e legal. Os relatores da ONU argumentam que “o sofrimento mental
que mulheres e meninas podem enfrentar quando desejam interromper uma
gravidez, incluindo o contexto do zika, mas não têm acesso legal ao
serviço, pode ser grave e pode atingir o nível de tortura e/ou
tratamento cruel, desumano ou degradante”. Os relatores reuniram a
jurisprudência internacional existente sobre o tema, que baseia a
compreensão atual em relação à tortura, explicando que a tipificação não
se refere, por exemplo, à extração de confissão ou punição de alguém.
(Informações: Bahia noticias)
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