Permanência como ministro mostra força de Geddel frente a nova crise do governo Temer

Foto: Lula Marques / AGPT
Desde antes da ascensão de Michel Temer ao Palácio do Planalto, o então – e apenas – presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, não se esquivou de bradar ter certa ascendência sobre o vice-presidente. Se apresentava como amigo pessoal de Temer e foi um dos representantes maiores da ala do partido que lutou pela cisão com o PT de Dilma Rousseff, antes mesmo do processo de reeleição da petista se consolidar. Foi fiel a Temer, fiador do impeachment dentro do partido e consolidou-se como articulador do governo frente ao Congresso Nacional. A posição veio da habilidade política herdada do pai, o ex-deputado Afrísio Vieira Lima, e também da experiência de deputado federal por quase 20 anos. Diante da crise instalada após a denúncia do ex-ministro Marcelo Calero de que Geddel teria tentado influenciar decisões técnicas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por interesses pessoais, o político baiano pareceu na berlinda. Desde sábado (19), quando Calero tornou público o tema, analistas políticos sugeriram que Geddel cairia. Dois dias depois, quando a comissão de ética da Presidência da República por unanimidade instalou investigação sobre o tema, Temer avisou, por meio do porta-voz do Planalto, que Geddel fica como ministro da Secretaria de Governo (veja aqui). O baiano provou ter influência sobre o atual comandante do executivo federal. E o governo preferiu manter a imagem arranhada frente a iminente crise ao invés de trocar um dos principais peões no xadrez político de Brasília.

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