Onyx diz que Renan 'ataca' quem tenta 'passar Brasil a limpo' e defende tipificação de caixa 2
Foto: Viola Junior / Câmara dos Deputados |
O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) criticou o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao comentar o projeto sobre abuso de
autoridade do peemedebista. "O Renan, a biografia dele explica ele. Quem
tem um grau de comprometimento fica pensando 24 horas por dia como ele,
ataca quem hoje está tentando passar o Brasil a limpo", avaliou. O
democrata é o relator do projeto anticorrupção e em entrevista ao
programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (22), ainda disse
que existe um grupo no Congresso que quer que tudo "fique como está". O
parecer será votado nesta terça-feira (22), na comissão da Câmara. Em
seu relatório, Onyx deverá manter a tipificação de crime para caixa 2,
mas não incluirá a anistia para crimes cometidos antes da aprovação da
lei. "Não é possível ser anistiado", disse, em referência ao artigo do
Código Eleitoral que considera a prática ilícita. De acordo com o
Estadão, também será indicada a aceleração de propostas em debate no
Congresso sobre o fim do foro privilegiado para políticos no País. O
democrata defende que a prerrogariva do foro esteja restrita a
aproximadamente 20 políticos, os chefes do Executivo. Apesar do pedido, a
medida não está no projeto anticorrupção porque isto deve vir em forma
de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), não de projeto de lei,
segundo Onyx. O democrata retirou do relatório o item que incluía juízes
e procuradores na lei de crimes de responsabilidade após pressão de um
colega, cujo nome não foi citado na entrevista, como condicionante do
voto a favor. Por outro lado, o parlamentar prometeu tratar a questão em
outro projeto. Segundo o deputado, a pretensão da Casa Legislativa é,
após conclusão da análise da proposta, apresentar uma revisão da lei de
crimes de responsabilidade, prevendo o impeachment para integrantes do
Poder Judiciário, de modo que juízes e promotores sejam enquadrados na
lei e possam ser processados. "Vamos criar um filtro adequado, uma
tipologia, tentar dar instrumento para enfrentar o corporativismo. Vai
se pedir uma comissão especial, com a imprensa controlando até que
chegue um consenso. Em quatro ou cinco meses vamos ter a revisão da lei
para permitir para qualquer cidadão processar juiz ou um promotor",
detalhou, conforme o Estadão.
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