Grupo quer separar ES: 'Somos obrigados a tragar cultura carioca ou baiana como nossa'
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Um movimento separatista quer que o Espírito Santo seja independente do
Brasil e se torne um país. O ato foi oficializado há dois anos e planeja
consulta popular para 10 de março de 2018. De acordo com o site Gazeta
Online, os organizadores do 'O Espírito Santo é Meu País' querem dedicar
2017 para conquistar adeptos. Guga Lima, fundador do movimento, diz que
o grupo já possui 200 participantes ativos e defende o movimento com
base na realidade europeia. Segundo o ativista, no continente nenhum
país é maior do que a Amazônia e qualquer país de lá é mais organizado
do que o Brasil. "O povo do Espírito Santo tem clamado por mudanças e
não dá mais para esperar. Queremos separação. Tem gente que fala que a
separação é impossível. Mas, alguns meses atrás, alguém acreditava que
Donald Trump seria eleito nos EUA?", explicou, acrescentando que não
está defendendo o presidente americano. Lima critica também a cultura de
estados vizinhos como motivos para o movimento separatista. "Hoje somos
obrigados a tragar a cultura carioca ou baiana como se fosse a nossa.
Nós temos a nossa própria cultura. As danças, as manifestações culturais
deles não nos representam. E a ONU defende o princípio da
autodeterminação dos povos, o que legitima nosso movimento",
acrescentou, negando que os capixabas sejam xenófobos. Se conquistarem a
independência, a população de cada estado teria autonomia para escolher
uma nova forma de governo, embora a preferência seja pela monarquia.
Para tanto, o grupo capixaba precisa enfrnetar o artigo 1º da
Constituição Federal, segundo o qual a "República Federativa do Brasil é
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal". Por causa disso, o Espírito Santo se juntou a outros quatro
estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Roraima - no Aliança
Nacional, movimento que deve se tornar partído político empenhado na
modificação da legislação brasileira.
(Informações: Bahia noticias)
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