Dívida pública federal fecha outubro em R$ 3,032 trilhões, revela Tesouro
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O estoque da dívida pública federal (DPF) caiu 0,46% em outubro,
quando atingiu R$ 3,032 trilhões. Os dados foram divulgados na manhã
desta quarta-feira (23) pelo Tesouro Nacional. Em setembro, o estoque
estava em R$ 3,046 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi
de R$ 22,02 bilhões em outubro. A DPF inclui a dívida interna e externa.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 0,40% e fechou
o mês em R$ 2,909 trilhões. A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu
de 18,59% em setembro para 17,41% em outubro, segundo o Tesouro
Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,59 anos em setembro para
4,66 anos em outubro. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou
de 12,75% ao ano em setembro para 12,57% ao ano em outubro. Já a Dívida
Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,92% menor, somando R$ 123,61
bilhões no décimo mês do ano. Os estrangeiros diminuíram sua
participação no estoque de títulos do Tesouro Nacional em outubro. A
parcela dos investidores não-residentes no Brasil no total da DPMFi caiu
de 14,97% em setembro para 14,90% em outubro, somando R$ 433,44
bilhões. Em setembro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$
437,38 bilhões. O grupo previdência, que já era o maior detentor de
títulos, aumentou ainda mais sua parcela, passando de 24,26% em setembro
para 24,64% no mês passado. Segundo o Tesouro, o aumento contínuo da
participação desse grupo no estoque é positivo devido ao seu perfil de
investimento em títulos de prazo mais alongado. A fatia das instituições
financeiras no estoque da DPMFi teve queda de 24,14% em setembro para
23,14% em outubro. Os Fundos de Investimentos continuaram aumentando sua
participação no mês, passando de 21,40% para 22,08%. Já as seguradores
tiveram crescimento na participação de 4,52% para 4,58%. A
parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 37,71% em setembro para
35,91% em outubro. Já os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia, de
26,54% para 27,64%. Os títulos remunerados pela inflação subiram para
32,25% do estoque da DPF em outubro, ante 31,47% em setembro. E os
papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 4,29% em setembro
para 4,21% em outubro. Após os ajustes no Plano Anual de Financiamento
(PAF) no mês passado, os papéis voltaram para dentro das metas
estipuladas pelo Tesouro. O intervalo do objetivo perseguido pelo
Tesouro para os títulos prefixados em 2016 é de 33% a 37% enquanto os
papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 27% a 31%. No caso dos
que têm índices de preço como referência, a meta é de 29% a 33%, e, no
de câmbio, de 3% a 7%. O coordenador-geral de operações da Dívida
Pública, Leandro Secunho, disse que a queda de 0,46% no estoque da DPF
em outubro - para R$ 3,032 trilhões - já era esperada devido ao elevado
vencimento de títulos programado para o mês. "Apesar da queda em
outubro, a expectativa é de que no fim do ano estejamos dentro do
intervalo previsto no PAF, de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões, devido
ao baixo vencimento de títulos em novembro e dezembro", acrescentou
Secunho. O coordenador destacou que o resgate líquido de R$ 36,04
bilhões em outubro se deveu ao vencimento de um grande volume de títulos
prefixados. Esse é um movimento normal nos meses chamados "cabeça de
trimestre". Em outubro, as emissões do Tesouro somaram R$ 77,42 bilhões,
enquanto só resgates chegaram a R$ 113,45 bilhões. "Por outro lado,
tivemos segunda maior emissão de NTN-B do ano, com títulos de mais longo
prazo que alongam a dívida pública federal", ressaltou.
por Lorenna Rodrigues e Eduardo Rodrigues | Estadão Conteúdo
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