Crise política soma-se à econômica por Samuel Celestino
Foto: Beto Barata/PR |
A semana que se inicia ainda não será de tranquilidade para o
presidente Michel Temer, no que pese o fato de que ele tenha reunido o
presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do
Senado, Renan Calheiros, para explicar, a três, que não deve ser
aprovada a anistia ao caixa dois, como pretendem muitos parlamentares,
temerosos do que poderá vir acontecer com eles. Para o presidente da
República não havia outra saída, senão esta, porque o país está dentro
de um redemoinho estampada pela a crise política que já passa ser maior
do que a crise econômica. O governo balança. Temendo os deputados
favoráveis à anistia do caixa dois, a princípio o presidente parecia
estar favorável a eles e fechar com os parlamentares, mas a pressão da
opinião pública foi muito maior, levando-o a mudar do que estava a
pensar. A crise política, portanto, terá continuidade durante a semana e
é possível que o ex-ministro Geddel Vieira Lima que, se demitiu da
Secretaria Geral do governo, ainda continue na linha de fogo. O
presidente Temer provavelmente permanecerá diante deste fogo amigo ou
inimigo, porque precisa ter votos nesta terça-feira para não aprovar o
caixa-dois, como declarou em entrevista coletiva na manhã deste domingo
(27). O cenário político poderá entrar o mês de dezembro diante da crise
que já está exposta. Para o PT melhor no podia ser. A convulsão se
generaliza e se agrava em diversos setores e, enquanto isso, a economia
não melhora e o país, como sempre, desce a ladeira.
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