Presos poderão ter que pagar por custos com seu monitoramento
Condenados que são monitorados eletronicamente
poderão arcar com despesas referentes à manutenção desses equipamentos. A
medida consta do Projeto de Lei do Senado (PLS) 310/2016,
que inclui esse artigo na Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984). A
matéria está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ).
Apresentada pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC), a proposta define que
os custos com o monitoramento possam ser descontados do salário que o
preso recebe pelo trabalho remunerado que ele exerça.
De acordo com dados do primeiro diagnóstico nacional sobre
monitoração eletrônica do Departamento Penitenciário Nacional (Depen),
atualmente existem cerca de dez situações em que os presos no Brasil são
monitorados, somando mais de 18 mil pessoas sobre vigilância. O estudo
também aponta que são gastos em média R$ 300 por mês para monitorar
condenados. O principal item utilizado na monitoração é a tornozeleira
eletrônica.
Na justificativa, Bauer afirmou que os recursos investidos nesse
programa chegam em torno de R$ 23 milhões e que abrigam até 40 mil
pessoas.
— O gasto com a manutenção do monitoramento eletrônico representa 12%
das despesas de um condenado encarcerado, a sociedade brasileira não
pode e não deve arcar com esse custo — disse.
Na CCJ, o projeto será votado em decisão terminativa, o que significa
que, se não houver recurso para votação em Plenário, a matéria seguirá
diretamente para a Câmara dos Deputados.
(Fonte da Agência Senado)
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