Presidente do TSE e ministro da Defesa ressaltam normalidade das eleições no país
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar
Mendes, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, concederam coletiva de
imprensa, juntos, na sede do tribunal, no começo da tarde, para falar
das eleições deste domingo (2). De acordo com o presidente do TSE, as
eleições correm em um quadro de normalidade durante todo o dia.
O
ministro Gilmar Mendes informou também que, com as mudanças ocorridas na
legislação, que modificaram a forma de financiamento das campanhas
eleitorais – com a proibição de doações de pessoas jurídicas – os gastos
declarados até hoje pelos candidatos chegaram a R$ 2 bilhões e 181
milhões. Em 2012, esses gastos chegaram a R$ 6 bilhões e 240 milhões.
“Uma diferença significativa, o que talvez reflita o caráter mais
modesto, mais econômico da campanha, em função das mudanças ocorridas na
legislação”, disse.
Segurança
O presidente do
TSE lembrou que acompanhou as situações mais delicadas em relação à
segurança pública nos estados. “Estivemos duas vezes no Rio de Janeiro,
pedimos que as Forças Armadas e a Força Nacional lá continuassem depois
das Olimpíadas e das Paralimpíadas, e assim foi feito”, disse.
Lembrou
ainda que “houve o episódio também lamentável de Itumbiara (GO) e ainda
ontem tínhamos desdobramentos em São Luís (MA), onde houve ordem de
dentro de um presídio certamente para tumultuar o processo eleitoral. O
Exército também foi chamado, as Forças Armadas estão lá para garantir o
pleito. Nessa madrugada nós tivemos apenas um incidente que atingiu uma
escola, que serviria de zona eleitoral, onde tivemos apenas uma urna que
foi substituída e tudo se deu em um quadro de normalidade”. Salientou
que ainda hoje falou com o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do
Maranhão, que relatou que tudo estava correndo dentro da normalidade.
Atualização
De
acordo com o ministro Gilmar Mendes, até as 13h20 houve a substituição
de 2.331 urnas eletrônicas, o correspondente a 0,5309% do total. Não
houve nenhuma seção eleitoral com votação manual. Disse ainda que não
houve ataques de hackers às urnas eletrônicas. “É bom frisar que nós
temos tido ataques à página do TSE na internet. Ontem nós tivemos cerca
de 200 mil ataques à página do TSE, não às urnas”, destacou.
Defesa
O
ministro da Defesa, Raul Jungmann, lembrou que, neste domingo, por
determinação da Justiça Eleitoral, as tropas federais estão presentes em
491 municípios. Nas últimas eleições municipais foram 477. “Nesses 491
municípios temos 25.400 efetivos militares que foram alocados por
solicitação da Justiça Eleitoral. Nós montamos uma coordenação de
controle, no Ministério da Defesa, e recebemos comunicação online de
todo o país”, afirmou.
Ainda de acordo com o ministro da Defesa,
“as únicas alterações registradas foram em São Luís. Ou seja, naqueles
domicílios onde estamos com as forças federais apenas em São Luís temos
alterações a registrar. Lá, durante a madrugada, três escolas foram
alvos de coquetel molotov, que foram apagados, não gerando incêndios e
não comprometendo a votação e a apuração. Em uma dessas escolas foi
feito um disparo de advertência. Fora isso, não temos a registrar em
nenhum desses municípios algum tipo de alteração, até o meio dia”.
Segundo
o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, o quadro de insegurança
que se revela no momento eleitoral não traduz necessariamente violência
do pleito. “É um quadro de agravamento da insegurança pública. Sem
dúvida, tivemos uma deterioração da segurança pública entre 2012 e 2016.
Basta ver a situação do Rio de Janeiro, com o narcotráfico. Tivemos
dificuldades de distribuir urnas em determinados locais”.
O
ministro relatou que estava no TRE do Rio de Janeiro, quando foi
colocada uma proposta de logística para se distribuir as urnas
eletrônicas no sábado às seis horas da manhã na favela da Maré. “Isso é
inadmissível em um ambiente de Estado de Direito. A mim me parece que o
grande desafio que nós temos que ter é em relação à segurança pública.
Isso se revelou necessário no contexto dessas eleições”, acentuou.
Segundo
o ministro Raul Jungmann, o estado do Rio de Janeiro foi o que recebeu o
maior contingente de militares, aproximadamente seis mil homens, sendo
que dois mil no estado e 2.574 só na cidade do Rio. No Grande Rio foram
mais 2.574 homens. Disse ainda que o presidente da República, Michel
Temer, determinou, diante desse quadro de deterioração da segurança
pública, reunir os ministros da área da segurança – Justiça, Defesa e
Inteligência – para propor novas medidas.
(Fonte: TSE)
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