Presidente da Câmara defende redução de cota parlamentar a deputados
(Foto: ABr) |
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a
redução da cota parlamentar. Segundo ele, o “cotão” foi criado pelos
parlamentares “em um momento que eles não tinham coragem de tratar da
sua remuneração”.
“Com o tempo, o salário aumentou e não se pensou em reestruturar essa
verba. Temos que pensar em mecanismos para que a verba seja limitada a
poucos serviços”, afirmou o presidente da Câmara.
Maia utilizou cerca de R$ 150 mil dos R$ 214 mil a que teria direito da cota no primeiro semestre deste ano.
Na prática, no entanto, o presidente da Câmara não deve conseguir
instituir nenhuma mudança até fevereiro de 2017, quando termina o seu
mandato-tampão, pois a prioridade da Casa é o ajuste fiscal do
presidente Michel Temer.
Na Câmara, a fiscalização do uso da cota cabe ao Departamento de
Finanças, Orçamento e Contabilidade. Segundo a assessoria da Casa, a
regularidade fiscal e contábil da documentação comprobatória é de
responsabilidade do deputado.
O departamento informou que não tem controle sobre denúncias relativas à utilização da verba pelos parlamentares.
Caso os técnicos identifiquem alguma irregularidade, o fato é
encaminhado ao deputado, que deve prestar esclarecimentos internamente.
Comprovantes
“A Câmara dos Deputados tem adotado várias medidas para aprimorar os
procedimentos de controle e utilização da cota parlamentar. Entre elas,
está a obrigatoriedade de digitalização das imagens dos comprovantes de
despesa, que passaram a ser publicadas no Portal da Transparência da
instituição. A iniciativa facilita a fiscalização e o controle dos
gastos parlamentares pela sociedade e pelos órgãos de fiscalização
externa”, disse a assessoria da Casa, em nota.
No início deste ano, houve um reajuste de 8,72%, referente ao IPCA
acumulado desde o ano passado, nos valores repassados mensalmente aos
deputados para o exercício da atividade parlamentar (cota para o
exercício da atividade parlamentar, verba de gabinete e
auxílio-moradia). O impacto do aumento neste ano será de R$ 14,6
milhões. (AE)
(Fonte: Diário do Poder)
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