Até 2025, 1 milhão de famílias de classe média voltará para classes D e E
Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas
Mesmo com a perspectiva da retomada de crescimento, haverá expansão
da pobreza, e o número de famílias que integram as classes D e E vai
chegar a 41 milhões em 2025. O valor representa aumento de um milhão
grupos familiares que têm renda mensal de até R$ 2.166 nos próximos dez
anos, aponta estudo do Tendências Consultoria Integrada. A projeção
aponta que ocorrerá a migração de famílias da classe C que não
conseguirão manter o padrão de vida, além de novas famílias que se
formarão em condições piores. Mesmo com a perspectiva da retomada de
crescimento, haverá expansão da pobreza. O cenário vai de encontro à
última década. De acordo com o jornal O Globo, entre 2006 e 2012 o
Produto Interno Bruto (PIB) crescia em média 4% ao ano e 3,3 milhões de
pessoas ascenderam das classes D e E para a C, que abrange lares com
renda entre R$ 2.166 e R$ 5.223 no critério de classificação econômica
da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Com a recessão
de 2014 a 2016, milhões perderam poder de consumo e, segundo a pesquisa,
nem mesmo uma década será capaz de aliviar integralmente os efeitos da
recessão. “Quando você conduz mal a política econômica, deixa a inflação
subir, as mais prejudicadas são as famílias de menor renda. Aliado a
isso, se deixou que os gastos públicos subissem muito. A combinação de
BNDES inchado, isenções de impostos e incentivos a setores não
beneficiou os mais pobres. A economia mais fechada e com viés
estatizante impediu maior concorrência e oferta de preços menores. Isso
privilegia alguns poucos e prejudica a maioria”, concluiu Adriano
Pitoli, economista, autor do levantamento e diretor da área de Análise
Setorial e Inteligência de Mercado da Tendências.
Comentários