Violência em campanhas eleitorais preocupa ministro da Defesa: 'Não temos uma explicação'
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil |
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira (30)
estar muito preocupado com a violência registrada contra candidatos
nesta campanha eleitoral. "Preocupa muitíssimo. Nós não temos até aqui
uma explicação. Vamos construí-la junto com a Justiça, a Polícia
Federal, com a Justiça Eleitoral e com a área de inteligência. Vamos
procurar e, se encontrarmos uma explicação, vamos comunicar e torná-la
público", afirmou à Agência Brasil. De acordo com o ministro, as Forças
Armadas devem empregar mais de 25 mil militares para segurança e apoio
logístico no primeiro turno das eleições municipais. O contingente das
três forças vai atuar em 420 localidades de 15 estados definidos pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fez a solicitação. Para ele, a
grave situação das contas públicas nos estados acabou intensificando a
crise de segurança. "Eu acho, e isso é uma suposição, que dada a
situação fiscal a que o Brasil chegou e isso repercutindo numa crise na
segurança em alguns estados, o que nós estamos vendo é um reflexo na
política de algo que, na prática, já está acontecendo. Evidentemente que
existem reflexos em todas as áreas e isso chega à área da segurança".
Jungmann também destacou que outra situação que "preocupa muitíssimo" é
"um processo perverso" em que milícias e traficantes têm poder político e
indicam representantes ou eles próprios são eleitos. Como exemplo, ele
citou o Rio de Janeiro. "O Rio, infelizmente, é um desses exemplos, mas
não é apenas o Rio. No Rio de Janeiro, talvez o que exista é um processo
mais avançado. Este é um problema grave que estamos enfrentando e em
breve pretendemos ter várias respostas para a área de segurança".
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