Temer diz que sem reforma da Previdência nem ele será pago
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil |
O presidente Michel Temer defendeu a reforma da Previdência nesta
sexta-feira (30), durante evento da revista Exame, em São Paulo, e
argumentou que nem ele receberia o benefício futuramente, caso não
ocorram as mudanças. "Daqui a seis sete anos quando eu, aposentado, for
ao governo para receber o meu cartão, o governo não terá dinheiro para
pagar", disse, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.
"Em face desses pressupostos das despesas públicas, em dado momento não
haverá mais dinheiro para pagar o aposentado", completou. Temer pediu a
aposentadoria em 1996 pela procuradoria do Estado de São Paulo, aos 56
anos. Segundo o peemedebista, o déficit da Previdência chegará a R$ 150
bilhões neste ano e alcançará R$ 190 bilhões em 2017. "Não vamos violar
direitos adquiridos coisa nenhuma", declarou. "Estamos construindo uma
fórmula pela qual os direitos já consolidados possam ser mantidos, mas
aqueles que não completaram o direito possam submeter-se a nova regra",
argumentou. Ele afirmou também que o governo prepara campanhas para
informar a população sobre as alterações que serão encaminhadas ao
Congresso, principalmente os aposentados. Já sobre a reforma da
Previdência, Temer diz que ela não será alvo do empenho do governo por
enquanto e que talvez nem precise realizá-la. Ele apontou que decisões
recentes da Justiça do Trabalho e do Supremo Tribunal Federal
confirmaram a possibilidade de que acordos entre empregados e patrões
possam se sobrepor às leis trabalhistas vigentes. "A readequação
trabalhista já está sendo feita de alguma maneira pelos tribunais. De
repente, nem será preciso mobilizar o país já que o STF já tem decidido
várias questões pão interpretação sistêmica do texto constitucional".
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