O alvo era Lula, não o apartamento por Samuel Celestino

Foto: Paulo Pinto / AGPT
O que se viu na tarde, início da noite desta quarta-feira (14), foi a maior denúncia já produzida pela Lava Jato, a partir do Ministério Público Federal, que tomou o país de ponta a ponta com repercussão internacional. O ex-presidente Lula teria sido o comandante em chefe, ou comandante máximo da corrupção que se instalou, a partir de três partidos: o PT, base política destinada a se perpetuar no poder, o PP e o PMDB. Como comandante da corrupção, o ex-presidente fora o responsável pela derrocada da Petrobrás, denominada pelo MP como “Petrolão” (denominação já conhecida) para beneficiar a governabilidade. O PT, portanto, nada foi senão o cumpridor do que se originava num cenário então desconhecido (antes da entrevista), enquanto Lula estivesse no poder. A consequência ainda é observada diante da crise que o país ora está a enfrentar. Portanto, o enriquecimento ilícito tinha a sua origem na base do governo, alimentando o PT, e se espalhou de forma premeditada na direção da Petrobrás que acabou delapidada, como uma teia que estivesse inserida dentro do poder, enquanto o presidente da república fazia o papel de maestro. De forma didática e durante duas horas os promotores explicaram o que se passou e quem era que estava à frente do processo de corrupção, num projeto que tinha como alvo a perpetuação do seu partido no poder. Os promotores, ao realizar a sua explicação didática, inseriram o apartamento do Guarujá e o sítio de Atalaia, mas, na verdade, não eram esses os alvos principais. Tratavam-se exclusivamente de dois cenários para incriminar Lula e levá-lo mais adiante à prisão, se vier a ocorrer, o que é presumível.  A base mesmo estava na dissertação didática de que ele seria o comandante do que aconteceu, sem levar em conta o que fizera de bom no exercício da Presidência da República. Este foi o foco que queriam chegar e acertaram na mosca. Os advogados de defesa do ex-presidente se mantiveram numa explicação já conhecida sobre o apartamento tríplex de Guarujá e deixaram de lado o cerne da questão. Sabia-se que haveria uma entrevista bombástica da Lava Jato, mas certamente a defesa não tinha conhecimento do teor, e foi neste aspecto que os advogados se perderam. O alvo era outro. 
(Informações: Bahia noticias)

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