Na China, Temer assinará 11 contratos; negócios incluem Petrobras e Camargo Correa
Foto: Beto Barata /Presidência da República
Em sua viagem à China, primeiro compromisso como presidente da
República, Michel Temer deve fazer cinco discursos e assinar 11
contratos. Segundo informações do jornal O Globo, ele deve destacar em
seus pronunciamentos, durante a reunião do G20, as diferenças entre sua
gestão e a da ex-presidente Dilma Rousseff. Os contratos, aos quais O
Globo tem acesso, envolve negócios bilionários, como a venda de 50
aviões da Embraer, operação de crédito de US$ 1 bilhão para a Petrobras
pelo China Eximbank, construção de um grande terminal de cargas e de uma
siderúrgica no Maranhão, além da compra de participações na Construtora
Camargo Correa na CPFL Energia, uma das maiores companhias do setor
elétrico, no valor de US$ 1,83 bilhão. A empreiteira, uma dos principais
alvos da Lava Jato, fechou acordo de leniência há um ano, no qual teve
que se comprometer a devolver ao menos R$ 700 milhões aos cofres
públicos. A agenda da viagem será extensa: no domingo (4), ele admitirá
aos outros chefes de Estado que o desafio mais urgente do país é fiscal.
O discurso prometerá que o gasto público no país não terá crescimento
real nos próximos 20 anos, a partir de emenda constitucional que tramita
no Congresso. Temer citará também que prepara uma grande agenda de
reformas estruturais. Na segunda (5), o foco será a energia elétrica.
Temer deve dizer que o país está preparado para cooperar na construção
de uma plataforma internacional de desenvolvimento de bioeconomia e a
bioenergia e defenderá que os países precisam discutir os subsídios
agrícolas e remoção de barreiras comerciais para países em
desenvolvimento. Em almoço com chefes de Estados do G20, ele pretende
dizer que o G20 tem responsabilidades para estabelecer uma
“solidariedade global revigorada”. Na quinta sessão de trabalho, o
presidente abordará o tema das migrações, defendendo uma política para
estabilização dos locais de origem dos migrantes. Ele pretende citar,
como exemplo, que o Brasil recebeu os haitianos de braços abertos.
(Informações: Bahia noticias)
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