Léo Pinheiro é enfático: 'Seja quem for do outro lado, contarei meus crimes'
' (Foto: Reprodução/Youtube) |
Os procuradores da Operação Lava Jato, uma frase do ex-presidente da OAS
Léo Pinheiro ao juiz Sérgio Moro soou como uma ameaça explícita a
agentes políticos que teriam sido contemplados com propinas. Ao depor
nesta terça-feira, 13, o empreiteiro disse que está sofrendo com as
consequências da operação e que revelará todos os crimes que cometeu
‘seja quem for do outro lado’.
Léo Pinheiro é um dos maiores empreiteiros do País e tem uma estreita
relação com políticos de vários partidos e autoridades de graduações
importantes.
As investigações dão conta de que o ex-OAS foi protagonista no
esquema de cartel e propinas instalado na Petrobras entre 2004 e 2014.
Ele foi preso pela primeira vez em novembro de 2014, oito meses após o
estouro da Lava Jato.
“Durante esse período, já são dois anos, né? Uma coisa que tem me
angustiado muito, um prejuízo muito grande para mim, para minha família,
para minha empresa, para os meus amigos”, desabafou o delator.
“Eu quero colaborar, excelência, no que eu puder, agindo exatamente
como fiz aqui”, disse Léo Pinheiro. “Eu sei dos crimes que cometi, não
estou fugindo de nenhum deles e direi todos que cometi, seja quem for do
outro lado”, concluiu o empresário, que foi preso pela segunda vez no
dia 5 de setembro, acusado de obstruir as investigações.
Somente na tarde dessa terça, Léo Pinheiro envolveu o governo Dilma
Rousseff, o PMDB, presidente e relator da CPMI da Petrobras, Vital do
Rêgo (agora ministro do TCU) e o deputado Marco Maia (PT-RS),
respectivamente, e o ex-senador Gim Argello. Todos eles envolvidos em
esquema de propina para barra as investigações contra a OAS na comissão.
(Fonte: Diário do Poder)
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