Governo quer formalizar jornada de trabalho de até 12 horas diárias
Reforma trabalhista vai formalizar jornadas diárias de até 12 horas. |
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou em encontro com
sindicalistas nesta quinta-feira (8) que a reforma trabalhista vai
formalizar jornadas diárias de até 12 horas. Hoje, contratos de trabalho
de profissionais da saúde e vigilantes, entre outros, costumam ser
questionados na Justiça, que não reconhece jornadas com mais de 8h ao
dia. Esses profissionais costumam atuar 12 horas seguidas para 36 horas
de folgas. A intenção, segundo O Globo, é aumentar a segurança jurídica
de contratos que não seguem padrão da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Segundo o ministro, a expectativa é estabelecer um novo tipo de
contrato, por horas trabalhadas, para que os empregadores possam
contratar com jornada inferior à da CLT e pagar de maneira proporcional.
"Precisamos oferecer às pessoas condições de ser formalizado para
exercer uma atividade que lhe dê garantia de ocupação com renda e que
ele seja feliz", afirmou a O Globo.
Com esse contrato, o trabalhador pode ter vários contratos, receber
FGTS, férias e 13º salário, todos proporcionais. Independente do
contrato, o teto de 48h por semana (44h, mais 4h extras) não pode ser
desrespeitado. A jornada poderá ser distribuída com acordo coletivo, em
negociação entre empregadores e sindicato - não pode ser feita de
maneira individual, entre funcionário e patrão. "Quando dizemos que
queremos prestigiar a negociação coletiva, queremos justamente dar à
representação sindical uma legitimidade. O acordo não pode ser
individual, tem que ter o referendo da categoria". O ministro diz que o
governo não tem intenção de mexer em direitos dos trabalhadores. "Não há
nenhuma hipótese de mexer no FGTS, no 13º salário, de fatiar as férias.
O que trata de jornada semanal, nós não vamos mexer nisso aí. Vamos
consolidar direitos", garante.
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