Em Brasília, protesto contra o governo Temer pede novas eleições
Manifestantes exibiram faixa, na Esplanada dos Ministérios, pedindo reforma agrária
Manifestantes fazem ato contra o governo de Michel Temer na Esplanada
dos Ministérios, do lado oposto ao desfile que marca o Dia da
Independência.
A concentração foi marcada para as 8h30, pouco
antes do início das celebrações de 7 de setembro, agendadas para as 9h.
Os manifestantes reuniram-se no Museu Nacional, fizeram cartazes e
começaram a gritar palavras de ordem por volta das 9h. A expectativa da
organização é que 5 mil pessoas participem do ato. Após o desfile, os
manifestantes seguirão em caminhada até o Congresso Nacional.
A movimentação era tranquila no início da manhã. Um grupo estendia
quatro faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as
visível para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso
Nacional. Mais tarde, outros movimentos também estenderam suas faixas de
protesto. Ao todo, mais de 90 entidades se posicionam contra o governo
Temer e questionam a legitimidade da tomada de poder, que classificam
como golpe.
“O ato faz parte de uma série de ações contra o
governo. Não concordamos com as propostas para diversas áreas, como
educação, comunicação”, diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos -
Juventude em Luta.
Militantes do PT estenderam uma faixa verde e
amarela de 150 metros já usada no 7 de Setembro do ano passado. O “Não
vai ter golpe” de 2015 virou “Fora Temer”, escrito em vermelho.
O
protesto foi convocado pelas redes sociais, recebeu mais de 4 mil
confirmações e 4,6 mil manifestaram interesse no ato pelo Facebook, em
Brasília. Ações semelhantes foram convocadas em outras cidades do país. A
manifestação “Fora Temer”, une-se, este ano, ao Grito dos Excluídos,
protesto tradicional de 7 de Setembro, que reúne movimentos sociais em
busca de visibilidade e melhores condições de vida.
“Neste ano, o
nosso lema é Fora Temer, nenhum direito a menos. Vamos deixar claro que
não sairemos das ruas”, diz Wilma dos Reis, uma das organizadoras do
ato. Em frente a um cartaz do coletivo #Mulherespelademocracia, ela diz
que os direitos das mulheres estão ameaçados por diversas medidas do
atual governo. “É um governo de homens, héteros e brancos, onde a mulher
é vista apenas como decorativa nos altos cargos”.
Por volta das
11h, a Polícia Militar estimava 600 pessoas em frente ao Museu da
República. Para os organizadores, o ato reunia 5 mil manifestantes.
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
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