STF elege Cármen Lúcia para presidência da Corte e Toffoli como vice por Estadão Conteúdo
Foto: Carlos Humberto/ SCO/ STF
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) elegeram no início da
tarde desta quarta-feira (10) a ministra Cármen Lúcia para presidir a
Corte pelos próximos dois anos. A presidência de Ricardo Lewandowski se
encerra daqui a um mês, no dia 10 de setembro. O plenário do Supremo
elegeu também o ministro Dias Toffoli para vice-presidente do Tribunal
no próximo biênio. A posse dos novos presidente e vice-presidente
acontecerá no dia 12 de setembro. A eleição foi rápida e protocolar, já
que a Corte tem tradição de escolher o ministro com mais tempo de casa
que ainda não presidiu o Tribunal. Cármen presidirá o STF até
2018. Mineira, Cármen foi indicada ao Tribunal em 2006 pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra foi advogada e
procuradora do Estado de Minas Gerais. Ela será a segunda presidente
mulher do Supremo. A primeira mulher a assumir o posto foi a ministra
Ellen Gracie, também a primeira mulher a integrar a Corte. No último
ano, Cármen Lúcia se destacou por declarações fortes em julgamentos
importantes do Tribunal. Quando a segunda turma da Corte decidiu pela
prisão do senador Delcídio Amaral (ex-PT), acusado de obstruir
investigações da Operação Lava Jato, Cármen fez discurso incisivo:
"Criminosos não passarão". Como relatora do processo que decidiu que
biografias podem veicular informações sem autorização prévia dos
biografados, também ganhou notoriedade: "Cala a boca já morreu, quem
disse foi a Constituição", afirmou na sessão de julgamento. Como praxe,
os ministros marcam o voto em cédulas e o integrante que chegou ao
Tribunal há menos tempo, no caso Luiz Edson Fachin, faz o escrutínio e
anuncia o resultado. O vice-presidente do STF nos próximos dois anos,
Dias Toffoli, também foi indicado ao Tribunal por Lula. Toffoli foi
Advogado-Geral da União no governo do petista, até ser indicado à Corte.
Tradicionalmente, o vice-presidente divide com o presidente o período
do plantão nos meses de recesso do judiciário. Toffoli presidiu o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições presidenciais de 2014.
Tido como um dos integrantes do STF mais próximos ao PT, Toffoli
desagradou a sigla e o Palácio do Planalto durante o governo Dilma ao se
aproximar do ministro Gilmar Mendes, tido como um dos mais críticos aos
governos petistas.
(Informações: Bahia noticias)
Comentários