Saúde: Mais da metade das mortes de crianças de até 4 anos nas capitais poderiam ser evitadas
Foto: Shutterstock
O número de mortes de crianças de 0 a 4 anos atribuídas às chamadas
"causas evitáveis" corresponde a mais da metade de todos os óbitos nessa
faixa etária em todas as capitais do país. De acordo com dados do
Ministério da Saúde organizados pela Fundação Abrinq, o maior percentual
foi registrado em Maceió (74,7%) e o menor em Campo Grande (51,1%). Em
Salvador, o total de mortes evitáveis de crianças pequenas chega a
65,3%. O ministério considera evitáveis as mortes que poderiam ser
reduzidas por ações de imunização, pela atenção à mulher na gestação,
pela adequada atenção à mulher no parto; por ações, diagnóstico e
tratamento adequado; e por ações de promoção à saúde vinculadas à
atenção primária. "Temos ainda um número muito grande de óbitos de
crianças de 0 a 4 anos que poderiam ser evitados com cuidados básicos de
saúde à gestante, ao nascimento e ao bebê recém-nascido", afirmou a
administradora executiva da Fundação Abrinq, Heloisa Oliveira, à Agência
Brasil. "Durante a gestação, a mãe pode, se não tiver um pré-natal
adequado, desenvolver hipertensão. A hipertensão pode levar à morte do
bebê. Então, uma morte de um bebê que foi decorrente da hipertensão da
mãe é uma causa que seria evitada se a mãe tivesse sido tratada", citou.
Dados organizados pela fundação também revelam que o Brasil tem em
torno de 27% de taxa de cobertura em creches, isso significa que de 100
crianças de 0 a 3 anos, 27 tem acesso à creche, seja pública ou privada.
No entanto, a média nacional acaba escondendo realidades muito
diferentes, segundo Heloisa. "Para chegar a essa média de 27%, você tem
regiões com taxa de cobertura próximas ao cumprimento da meta do PNE
[Plano Nacional de Educação], que seria de 50%. Algumas [cidades],
olhadas isoladamente, até passaram de 50%", explicou. No entanto,
capitais como Macapá e Manaus têm taxas baixíssimas: Macapá atende 4,2%
da população de 0 a 3 anos, o que significa de que cada 100 crianças, só
quatro tem acesso à creche. Em Manaus, esse número é de 7,3%.
(Fonte: Bahia noticias
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