PT deve definir esta semana sobre encontro nacional para reestruturação do partido
Foto: Cláudio Cardozo / Bahia Notícias
O PT deve definir ainda nesta semana a estratégia para discutir
a remodelação do partido, o que pode incluir a antecipação das eleições
internas da legenda e um encontro nacional anterior, para definição de
diretrizes. “Essa semana ainda tem uma posição se a gente fará até o
final do ano ou logo no início do próximo ano. Talvez a gente tenha
segundo turno aqui, então seria no início do ano, acho que daria. A
gente precisa definir primeiro o método para a construção desse
encontro, uma estratégia nova que fuja do tradicionalismo apenas do
discurso”, afirmou o presidente estadual da sigla, Everaldo Anunciação. A
previsão inicial era de que a eleição para o comando do partido fosse
realizada em novembro de 2017 – agora, a perspectiva é de adiantar a
troca já para o início do ano. Everaldo destaca a necessidade de
realizar o encontro nacional antes do pleito. “Que se faça um encontro
não pra fazer disputa de mandato, de eleição, mas um debate de ideias
para fazer um novo pacto”, explica. Esta reunião, para ele, deve ter a
participação apenas de filiados, mas de entes de movimentos sociais,
culturais, e meio ambiente que historicamente “gravitam” em torno do PT.
Questionado sobre a participação do ex-ministro da Casa Civil, Jaques
Wagner, nesta articulação, Everaldo sinalizou que o correligionário
poderá se envolver em outras frentes. “Sem dúvida alguma, deixaria todos
nós honrados. Mas com o nível de acúmulo [de tarefas] dele extrapola o
PT em áreas mais amplas além do partido. É um nome que dispensa
quaisquer comentários, mas ele tem tarefas que extrapolam até a questão
do PT. Não só da reestruturação do PT, mas da política brasileira”,
afirmou. Segundo o dirigente, nos próximas semanas, após o julgamento
definitivo do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e depois
das eleições municipais, Wagner deverá “estar no centro” do debate e da
mobilização pela “defesa da democracia e dos direitos sociais”.
“Estamos vivendo um momento diferente, é um golpe sem armas,
institucional”, aponta o petista, que prevê um recrudescimento dos
movimentos sociais com a provável perda de direitos e de investimentos
sociais que devem ocorrer – o governo interino já anunciou que realizará
reformas trabalhistas e previdenciárias. “Confesso que vai se abrir um
debate, por isso não sei se o melhor seria no PT presidindo ou de outra
forma", avaliou Everaldo, citando a existência de coletivos como o
Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo.
(Fonte: Bahia noticias)
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