Saúde: Pesquisa brasileira revela ligação entre zika e deformidades nas articulações
Foto: Reprodução/British Medical Journa
Um estudo publicado na última quarta (9) na publicação científica
British Medical Journal (BMJ) divulgou um estudo realizado por
pesquisadores pernambucanos. Eles constataram uma ligação entre a
síndrome congênita do zika e a artrogriopose, comprometimento de membros
e de articulações. A pesquisa foi realizada em sete bebês atendidos na
Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Recife. “A
artrogripose já existe independentemente de outro fator, mas começamos o
estudo para entender o porquê da doença nessas crianças”, explica a
neuropediatra Vanessa Van Der Linden, à frente do estudo. A médica
afirmou que os resultados dos estudos apontaram que De acordo com a
médica, as avaliações constataram que a artrogripose nos bebês foi
causada por problemas neurológicos. De acordo com o G1, os exames
realizados pelos cientistas detectaram a condição em braços e pernas de
seis crianças e somente nas pernas de um bebê e apontaram
comprometimento motoneuroperiférico, ou seja, dificuldade de envio de
estímulos nervosos para o movimento dos músculos dos bebês. “Quando
fizemos ressonâncias, notamos a redução de uma célula motora na medula”,
aponta Vanessa. A partir desse resultado, foi possível explicar as
alterações no movimento intra-útero e as deformidades nos membros
superiores e inferiores dos pequenos. A especialista adicionou, ainda,
que todas as sete crianças apresentavam característica típicas da
síndrome congênita do zika, mas apenas três possuíam o gene positivo do
vírus. “É importante ressaltar que dentro dos sete bebês, um tinha
perímetro cefálico normal, ou seja, não tinha microcefalia”, pontua a
médica. A médica esclareceu, entretanto, que mesmo apesar do resultado
obtido, a artrogripose é uma consequência da síndrome congênita do zika,
não apresentando relação com a gravidade do caso.
(Informações: Bahia noticias)
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