Julgamento do impeachment entra no terceiro dia com últimas testemunhas
Brasília - Segundo dia da sessão de julgamento do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff
Iolando Lourenço e Luciano Nascimento – repórteres da Agência Brasil
Após ouvir cinco depoimentos, o julgamento final do processo de impeachment
da presidenta afastada Dilma Rousseff entra no seu terceiro dia com os
depoimentos do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e do professor de
direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi
Ribeiro.
Os dois falarão em defesa de Dilma; Barbosa como
testemunha e Lodi Ribeiro como informante. Os depoimentos tem início
previsto para as 10h. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento, acatou pedido de
senadores contrários ao impeachment e aceitou o horário com a condição de que não haja pausa nos depoimentos para almoço, como ocorreu nos dias anteriores.
Ontem
(25), foram ouvidos o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o professor de
direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Luiz
Mascarenhas Prado e o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa.
Antes, na quinta-feira, foram colhidos os depoimentos do procurador do
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio
Marcelo de Oliveira e o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU)
Antônio Carlos Costa D'Ávila Carvalho.
Uma das testemunhas de
defesa, a ex-secretária de Orçamento Esther Dweck, foi dispensada pela
defesa, após polêmica em torno da suspeição do procurador Júlio Marcelo,
que de testemunha depôs como informante,
depois que o advogado de defesa, José Eduardo Cardozo questionou a
participação de Júlio Marcelo em uma manifestação pela rejeição das
contas de Dilma, logo no primeiro dia.
No segundo dia do
julgamento, a advogada de acusação Janaína Paschoal, que também é uma
das autoras da denúncia que motivou o processo contra Dilma Rousseff,
colocou em suspeição a ex-secretária de Orçamento sob o argumento de que
a mesma foi nomeada assessora “por uma parlamentar que é uma das mais
ferrenhas defensoras de Dilma”, no caso, a senadora Gleisi Hoffmann.
Iolando Lourenço e Luciano Nascimento – repórteres da Agência Brasil
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