O advogado de defesa de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, não
descarta solicitar duas votações no momento da decisão sobre o futuro da
presidente afastada. Ele entende que, na pergunta a ser feita ao
Plenário pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e do processo de
impeachment, Ricardo Lewandowski, o trecho que trata da inelegibilidade
deveria ser separado. Pelo rito, os senadores votarão segundo a seguinte
a orientação a ser lida pelo magistrado: “cometeu a acusada, a senhora
presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de
responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à
instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos
sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados, e deve ser
condenada à perda do seu cargo, ficando em consequência, inabilitada
para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?”.
Cardozo explicou que o ex-presidente Fernando Collor foi submetido a
processo específico para a perda dos direitos políticos. Mas o líder do
PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), antecipou que a oposição não
aceitará a proposta de duas votações por entender que a perda dos
direitos políticos por oito anos é consequência do impeachment.
Reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado.
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