Cabos do Exército são presos levando drogas em caminhão da corporação por Alexandro Hisayasu e Fabiana Cambricoli | Estadão Conteúdo
Foto: Divulgação / SSP-SP
Três militares do Exército foram presos na madrugada deste domingo
(28) por homens da Polícia Civil ao serem flagrados transportando três
toneladas de maconha em um caminhão das próprias Forças Armadas. O
flagrante ocorreu na rodovia SP-101, na região de Campinas. Segundo
policiais do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao
Narcotráfico (Denarc), houve troca de tiros com três soldados do
Exército que estavam no caminhão. Os cabos Higor Abdala Costa Attene e
Maykon Coutinho Coelho, lotados no 20º Regimento de Cavalaria Blindado,
sediado em Campo Grande, foram presos na hora. O cabo Simão Raul, do
mesmo regimento, foi ferido e conseguiu fugir, mas foi capturado mais
tarde em um hospital de Limeira. O caminhão vinha do Mato Grosso do Sul e
era acompanhado por um carro civil, que também teria participado do
tiroteio. Outros dois homens foram detidos. Segundo a assessoria de
imprensa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), após
três meses de investigação, uma equipe da 5ª Delegacia da Divisão de
Investigações sobre Entorpecentes (Dise), do Denarc, descobriu que um
carregamento de drogas seria entregue em uma empresa desativada de
Campinas. Os policiais civis ficaram de campana no local. Os suspeitos
desconfiaram da movimentação e tentaram fugir, quando houve a troca de
tiros. Além dos três militares e dois civis presos, a polícia suspeita
que outros dois envolvidos na ação tenham conseguido fugir. Procurado, o
Centro de Comunicação Social do Exército brasileiro confirmou que os
três militares estão presos e afirmou que, "diante da gravidade do fato,
que desonra a instituição e atinge a nossa sociedade", os cabos serão
expulsos do Exército. Disse ainda que será instaurado um inquérito
policial militar para a apuração de todos os fatos e responsabilidades e
que se coloca à disposição das autoridades policiais de São Paulo para
auxiliar nas investigações. "A Força Terrestre procederá minuciosa
investigação na Organização Militar de onde os militares e a viatura são
oriundos, com o objetivo de corrigir procedimentos de segurança, para
que falhas desta natureza não voltem a ocorrer", disse o órgão, em nota.
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