‘A corrupção não é partidária, é estrutural da política’, diz procurador
(Foto: Gisele Pimenta/Estadão Conteúdo)
O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da
força-tarefa da Operação Lava Jato, disse nesta terça-feira, 2, que ‘o
problema da corrupção não é partidário’.
“O problema da corrupção é estrutural da política brasileira”,
declarou Carlos Lima, em entrevista coletiva para revelar detalhes da
Resta Um, a 33.ª etapa da Lava Jato que mira a empreiteira Queiroz
Galvão e suposto repasse de R$ 10 milhões para o então presidente do
PSDB, em 2009, senador Sérgio Guerra (morto em 2014), para abafar a CPI
da Petrobrás, na ocasião em curso no Congresso.
“Temos fatos envolvendo campanhas do PT e também esse caso do PSDB, que era oposição”, disse Carlos Lima.
A Lava Jato mostrou em diversas fases pagamentos destinados ao PT. A
Resta Um aponta para o repasse de R$ 10 milhões para o PSDB.
“Isso nos mostra que o problema da corrupção não é partidário.”
Resta Um é uma referência ao avanço contra a última grande
empreiteira do “clube VIP” do cartel que fatiava obras na Petrobrás
mediante o pagamento de propinas para agentes públicos e políticos.
“Aprendemos na Lava Jato que existem contas correntes, os partidos
têm contas correntes, as pessoas têm contas correntes que são pagas
através de propinas”, disse o procurador. (AE)
(Fonte: Diário do Pode)
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