Polícia prende 7 em ação contra fraude em placares de jogos de futebol
Sete pessoas foram presas em operação da Polícia Civil que investiga
fraudes em resultados de jogos de futebol na manhã desta quarta-feira
(6) em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Entre os presos, está Carlos
Luna, ex-goleiro do América de São José do Rio Preto, no interior
paulista.
Além de Lunna, outros alvos da operação foram presos em Bauru, interior
do estado de São Paulo, uma capital paulista, e um em Fortaleza, Ceará.
Ainda há ao menos mais três mandados de prisão a serem cumpridos.
Equipes também fazem buscas no Rio de Janeiro.
Ao G1 em São José do Rio Preto, Lunna negou participar do esquema.
"Não sei nem o que estão fazendo. Agora, tem que ver as pessoas que têm
'rabo' preso', que são culpados. Nunca ganhei nem R$ 1, sou honesto,
não tenho nada a ver com isso. Tem que ver os grandes. Passei pelo
América, fui goleiro. Sempre fiz as coisas e ajudei as pessoas, estou
sendo preso porque liguei para as pessoas, empreguei jogadores e tenho
acesso bom com todos. Nunca manipulei nada", afirmou.
A polícia não informou qual seria o papel do ex-goleiro do América na
quadrilha. Segundo os investigadores, existem gravações de grampos
telefônicos que apontam a participação de Lunna no esquema.
O objetivo da Operação Game Over (fim de jogo) é desarticular o grupo
que alterava resultados de partidas de futebol das séries A2,que
corresponde à segunda divisão, A3, terceira divisão e B, quarta divisão
de campeonatos estaduais. Eles compravam treinadores e atletas para
manipular os resultados.
Há suspeita de que eles tenham fraudado resultado de jogos do Campeonato Paulista de divisões inferiores.
A investigação durou cinco meses e apurou que o placar era manipulado
para beneficiar apostadores asiáticos, que faziam apostas pela internet.
A propina para pagar os técnicos e jogadores vinha de bolsas de apostas
da Indonésia, Malásia e China.O esquema era chefiado por um agenciador
carioca e um ex-jogador de futebol que atuou na Indonésia.
Além dos dez mandados de prisão, os policiais da 5ª Delegacia de
Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva
cumprem dois mandados de busca e apreensão.
Máfia do apito
Em 2005, o escândalo da Máfia do Apito veio à tona. Árbitros foram acusados de manipular resultados de partidas dos principais torneios nacionais para ajudar apostadores a lucrarem com os placares encomendados. No centro do escândalo, o juiz Edílson Pereira de Carvalho, um dos dez que utilizavam o escudo da Fifa no país, foi preso. Várias partidas do Campeonato Brasileiro da Série A que já tinham sido disputadas foram canceladas e realizadas novamente.
Em 2005, o escândalo da Máfia do Apito veio à tona. Árbitros foram acusados de manipular resultados de partidas dos principais torneios nacionais para ajudar apostadores a lucrarem com os placares encomendados. No centro do escândalo, o juiz Edílson Pereira de Carvalho, um dos dez que utilizavam o escudo da Fifa no país, foi preso. Várias partidas do Campeonato Brasileiro da Série A que já tinham sido disputadas foram canceladas e realizadas novamente.
(Fonte G1.globo.com)
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