A corrupção desenfreada no Congresso por Samuel Celestino
Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Não há nenhuma novidade que boa parte dos políticos
integrantes da Câmara dos Deputados e do Senado tem problemas na esfera
judicial, respondendo a processos que não dão em nada por terem fórum
privilegiado. Na disputa que ocorre nesta quarta-feira (13) para a
presidência da Câmara, alguns dos candidatos respondem a processo, mas
passam ao largo de qualquer punição. De tal forma que, num apelo (foi
esse o sentido) feito por Eduardo Cunha na tarde desta terça-feira, numa
espécie de aviso aos navegantes, bradou: “Hoje sou eu, amanhã é vocês”.
Cunha sabe perfeitamente que perderá o mandato parlamentar, por
cassação, o que não é o caso dos demais deputados, a não ser em relação
aos corruptos, tal como ele. Como nem todos são corruptos visto que
dizimaria o sistema democrático, melhor ficar como está no início deste
texto quando anotado “boa parte dos políticos”. No entanto, não foi
desta forma que a Uol, ao divulgar hoje uma pesquisa, anotou como “mais
da metade” dos líderes de bancadas no Congresso (Câmara e Senado) têm
fichas sujas, incluindo tentativa de homicídio - é o caso do líder do
governo Temer, André Moura, de Sergipe, que responde a três processos -,
além de outros líderes enrolados em corrupção e formação de quadrilha.
Um dos candidatos à presidência da Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), com
auréola de favoritos, por sinal, teria um vídeo gravado, de acordo com o
deputado Federal Alberto Fraga (DEM-DF). O vídeo seria da época do
chamado “Mensalão do DEM”. Os políticos, portanto, passam batido no
quesito corrupção e pouquíssimos estão respondendo a processo, em
consequência do tal fórum privilegiado. Espera-se que nas eleições de
2018 grande parte seja varrida, porque há uma mudança visível na
República. Só passou a acontecer depois da Operação Lava-Jato quando a
República ganhou novos contornos. É o que se espera.
(Fonte Bahia noticias)
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