PF aponta que houve falha do Ministério da Cultura em fraudes na Lei Rouanet
Entrevista sobre a Operação Boca Livre | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A Polícia Federal aponta que houve falha do Ministério da Cultura no
controle de benefícios da Lei Rouanet. A Operação Boca Livre,
deflagrada na manhã desta terça-feira (28), investiga um grupo criminoso
que desviou pelo menos R$ 150 milhões dos cofres públicos desde 2001 (veja mais).
Segundo a PF, ainda não há evidências que indiquem a participação de
funcionários da pasta no esquema. "O fato é que houve no mínimo uma
falha de fiscalização. A investigação é quem vai determinar se houve
isso (a participação)", afirmou o delegado Rodrigo Campos Costa. No
entanto, a Polícia Federal acredita em "facilitações" dentro do
Ministério da Cultura. "Quem captava dinheiro era esse grupo com
supostas facilitações no âmbito do Ministério da Cultura, que não só
propiciava as condições ideais para aprovação desses projetos forjados,
como também exercia uma fiscalização pífia ou nenhuma de forma dolosa
para que esses projetos plagiados, repetidos, não fossem identificados
como tais", aponta a procuradora Karen Louise Jeanette. O grupo
criminoso conseguia a aprovação do Ministério da Cultura para captar
recursos para projetos. De acordo com a PF, as empresas que contribuíam
ganhavam duplamente, pois recebiam propina das pessoas investigadas,
além de garantir dedução do imposto de renda por apoiar a Lei Rouanet.
(Informações: Bahia noticias)
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