Barroso diz que escolha de Temer para ministério da Educação não teve ‘seriedade’
Foto: Carlos Humberto/SCO/STF
O ministro do STF Luís Roberto Barroso criticou, neste sábado (18), a
escolha do presidente em exercício, Michel Temer, para assumir o
ministério da Educação. Sem criticar o ministro Mendonça Filho
pessoalmente, ele afirmou que, em sua opinião, as escolhas para a pasta
devem ficar de fora dos arranjos partidários feitos pelo governo. “A
economia eles trataram com a melhor seriedade. Escolheram os melhores
que encontraram. Na educação, não foi esse o critério. De novo, nenhum
desapreço específico à pessoa que está lá. Ali foi uma divisão
partidária e não uma divisão de conhecimento", afirmou Barroso, durante o
Brazil Forum UK 2016, em Oxford. A declaração foi dada para responder
um questionamento da plateia sobre a universalização da educação no
Brasil. “Nada contra o atual ministro da Educação. As escolhas são
escolhas políticas [...]. Educação deveria estar fora disso", afirmou o
ministro, completando que "a população vai cobrar alguém mais
comprometido, mais experiente". As falas de Barroso acontecem um dia
depois do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmar que
"foram encontrados indícios de possível recebimento de propina" pelo
ministro da Educação. Segundo ele, Mendonça Filho teria recebido R$ 100
mil disfarçados de doação eleitoral na campanha de 2014. O ministro
nega.
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