Aumento salarial de 41,5% do Judiciário avança no Senado
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Um projeto de lei que concede reajuste de 41,5% a servidores do
Judiciário foi aprovado nesta terça (28) pela Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado. A votação foi marcada por discussões entre a
própria base aliada do governo interino de Michel Temer. O texto ainda
será analisado pelo plenário da Casa. A votação foi viabilizada após um
acordo para que Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, explique ao
colegiado os impactos orçamentários e fiscais que os aumentos salariais
de servidores públicos causarão nos cofres da União. A discussão no
Senado dividiu a base aliada na comissão. Os senadores do PSDB
questionaram o momento em que a proposta foi apresentada e questionaram a
falta de informações sobre o impacto que ela causará. O senador Romero
Jucá (PMDB-RR) defendeu a votação e afirmou que os reajustes são menores
do que a inflação. Jucá chegou a assumir o ministério do Planejamento
por alguns dias no início da gestão de Michel Temer. "Não estamos aqui
gastando mais do que devemos", afirmou. O projeto, que será votado pelo
plenário da Casa, só será pautada após a audiência pública com o
ministro Oliveira, que acontecerá na próxima quarta-feira (6). O
pagamento do reajuste será feito em oito parcelas não cumulativas até
2019. O impacto acumulado para os servidores, calculado pelo
Planejamento, será de R$ 11,5 bilhões, sendo os R$ 2 bilhões em 2016, R$
4 bilhões em 2017 e R$ 5,6 bilhões em 2018. Já o pacote completo, que
estabelece o aumento salarial para outros setores também, poderá ter um
impacto acumulado de R$ 67,7 bilhões.
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