Senado define na terça novo cronograma do processo de impeachment de Dilma
Foto: Jonas Pereira / Agência Senado
A segunda etapa do processo contra a presidente afastada Dilma
Rousseff no Senado começa nesta terça-feira (24), com a apresentação do
plano de trabalho do relator da Comissão Especial do Impeachment,
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Até agora, já foi dado prazo de 20
dias, que terminam no dia 31 de maio, para que a presidente afastada
apresente uma nova defesa por escrito. Chamada de pronúncia, é nesta
fase que também são juntadas ao processo todas as provas consideradas
importantes por acusação e defesa. Segundo a Agência Brasil, pode haver
ainda audiência de testemunhas, diligências e debates entre a acusação e
a defesa. A partir daí, um novo relatório será elaborado por Anastasia,
votado na comissão e depois no plenário da Casa. Assim como na fase de
admissibilidade, de novo, em ambas as votações (na comissão e no
plenário), será exigida maioria simples, ou seja, metade mais um dos
senadores presentes na sessão. Se aprovado o relatório no plenário, após
48 horas, será marcado o último julgamento que pode tirar
definitivamente a presidenta Dilma do cargo. A Comissão Especial do
Impeachment continua a ser presidida pelo senador Raimundo Lira
(PMDB-PB), mas caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Ricardo Lewandowski, atuar como presidente dos dois julgamentos que
ainda podem ocorrer no plenário do Senado sobre o caso. Lewandowski
também dará a palavra final sobre questões de ordem apresentadas na
comissão, mas que forem objeto de recurso no plenário da Casa.
Lewandowski já tem uma sala de apoio para trabalhar na 1º
vice-presidência do Senado, porém deve continuar despachando do Supremo.
Ao assumir essa função no Senado, em 12 de maio, mesmo dia em que o
plenário da Casa aceitou a admissibilidade do processo que resultou no
afastamento temporário de Dilma, o ministro afirmou que os juízes são os
senadores e que ele atuará como um órgão recursal. O presidente do STF
disse ainda que os procedimentos a serem seguidos são baseados no
processo deimpeachment do presidente Fernando Collor, em 1992.
(Informações: Bahia noticias)
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