Em conversa gravada, Renan Calheiros defende mudança da lei da delação premiada
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu em
conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, uma
mudança na lei da delação premiada. No diálogo divulgado nesta
quarta-feira (25) pelo jornal Folha de S. Paulo, o parlamentar disse que
não concorda que um preso se torne delator. Ele ainda fala em
"negociar" a "transição" de Dilma Rousseff com membros do Supremo
Tribunal Federal (STF) e relata o temor de políticos com a Operação Lava
Jato, citando Aécio Neves como exemplo. Machado negocia um acordo de
delação premiada e, além de Renan, procurou o senador Romero Jucá e o
ex-presidente José Sarney, ambos do PMDB, pois temia se tornar réu
colaborador. Ele mencionou um "pacto" para "passar uma borracha no
Brasil". Em resposta Renan fala que "antes de passar a borracha, precisa
fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro,
não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você
regulamenta a delação". O presidente do Senado ainda disse que todos os
ministros do STF "estão putos" com Dilma Rousseff ao comentar o motivo
para a presidente afastada não negociar com o Supremo. Renan ainda
revelou o temor de políticos com a Operação Lava Jato e disse que o
presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, está preocupado com a delação
premiada de Delcídio do Amaral. "Aécio está com medo. [me procurou]
'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem
mais alguma coisa'", afirmou o peemedebista. Machado também gravou um
diálogo com Romero Jucá, que foi divulgado pela Folha de S. Paulo na
segunda-feira (22). Ao falar sobre a Operação Lava Jato, o senador
afirma em “estancar essa sangria”. O comentário provocou a sua
exoneração do cargo de ministro do Planejamento.
(Inf: Bahia noticias)
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