Por hora, 282 pessoas ficam desempregadas no país
Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo ABr
O Brasil dos desempregados já tem quase a mesma população de
Portugal: beira os 10 milhões de habitantes. Por hora, 282 brasileiros
passam a fazer parte desse contingente, segundo cálculos do economista
Alexandre Cabral. A estimativa é de que, até o fim do ano, serão 12
milhões de histórias como essas no país. Vai ser cada vez mais difícil
não conhecer alguém que esteja desempregado. E, para quem já está sem
emprego, a dificuldade será encontrar portas onde bater. "Isso é muito
grave, porque com exceção da agricultura, não há mais nenhum setor livre
do fantasma do desemprego", diz o economista José Roberto Mendonça de
Barros, sócio da MB Associados. "E não se trata de uma crise
conjuntural, com uma queda temporária. O problema é estrutural",
completou. A nova onda de retração no mercado de trabalho ficou evidente
a partir do segundo semestre do ano passado, quando os setores de
comércio e serviços - grandes empregadores de mão de obra - começaram a
demitir com mais força. A piora se somou aos desligamentos na construção
civil e na indústria, em crise há mais tempo. Em 2015, o comércio
fechou 208 mil postos de trabalho, depois de mais de dez anos de criação
de vagas. "Para este ano, estamos esperando o corte de 220 mil postos,
já que o ajuste começou mais tarde no setor e muitos seguraram as
demissões por causa dos custos", afirma Fabio Bentes, economista da
Confederação Nacional do Comércio. No comércio, diz Bentes, contratação é
sinônimo de crescimento nas vendas - o que não está acontecendo. Em
2015, as vendas recuaram 8,6% e, neste ano, devem cair 8,3%.
(Informações Bahia noticias)
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