Planalto sanciona lei que autoriza uso da 'pílula do câncer' sem vetos
A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, a lei que autoriza o
uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com
neoplasia maligna. O produto, que ficou conhecido como 'pílula do
câncer', poderá ser usado pelos pacientes, "por livre escolha", desde
que tenham laudo médico que comprove o diagnóstico e assinatura de termo
de consentimento e responsabilidade dos próprios pacientes ou de seus
representantes legais. O texto está publicado no Diário Oficial da União
(DOU) desta quinta-feira, 14. A decisão de sancionar a íntegra do texto
que passou, em votação relâmpago, pelo Congresso em março traz um
caráter político e não técnico ao ato de Dilma. Segundo o Broadcast,
serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou na
terça-feira, 12, a Casa Civil recomendou à presidente liberar o uso da
fosfoetanolamina sintética antes do registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) na tentativa de evitar qualquer ameaça de
desgaste, e de perda de votos, às vésperas da votação do impeachment. A
sanção, portanto, não levou em consideração pareceres técnicos
preparados pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação e também pela Anvisa e
Advocacia-Geral da União. Todos sugeriam que a presidente vetasse
integralmente o projeto. O principal argumento desses pareceres é que o
composto poderia representar uma ameaça à saúde dos pacientes, abalar a
imagem do controle sanitário do Brasil e, consequentemente, a imagem de
produtos vendidos.
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