Grupo que atua na BA e ligado a construtoras brasileiras é investigado em Portugal
Com modus
operandi similar ao investigado na
Operação Lava Jato, as relações entre empreiteiras e o governo português são
alvo de inquérito do Ministério Público de Portugal. Em reportagem da SIC TV, o
Grupo Lena é citado como um dos operadores do esquema que levou ao indiciamento
do ex-primeiro-ministro português José Sócrates. De acordo com jornais de
Portugal, o Grupo Lena, que possui empreendimentos na Bahia, a exemplo do
inacabado Morada Flor de Liz, atuou como braço africano de empreiteiras
brasileiras como Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. O escândalo deflagrado com
a Operação Marquês pelo Ministério Público de Portugal aconteceu antes da Lava
Jato tornar públicas as imbricadas relações entre empreiteiras e instâncias de
governo no Brasil. Sócrates, que teve um pedido público para voltar à vida
pública pelo ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, acabou
indiciado após investigações que apontavam o pagamento de propina para a
obtenção de contratos com o governo português. No Brasil, Lula é investigado
por supostamente fazer lobby para a expansão de grupos brasileiros, a exemplo
do Odebrecht, em outros países, como Portugal (veja aqui).
O inquérito da Operação Lava Jato que investiga a construtora aponta o pagamento
de passagens aéreas para o ex-presidente brasileiro visitar o país europeu,
quando, inclusive, Lula participou do lançamento de um livro do
ex-primeiro-ministro português.
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