Dilma no fio da navalha por Samuel Celestino
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Como é
sabido, o PMDB está com um pé fora do governo Dilma, preparando-se para ficar
em oposição, ao adiantar a convenção do partido que iria acontecer em 30 dias e
remarcá-lo para o próximo dia 29. Antecipou, assim, a sua decisão da primeira
convenção realizada há pouquíssimo tempo. O partido só foi oposição durante o
período da ditadura militar, quando o sistema era bipartidário, com Arena e MDB
que, depois, se transformou em PMDB, estabelecendo-se o sistema
pluripartidário. O partido provavelmente voltará a ser oposição por curtíssimo
tempo, a depender do encaminhamento do impeachment da presidente Dilma
Rousseff, que corre a todo o vapor. O vice-presidente Michel Temer sonha em
ocupar o cargo que ficará vago. Daí a razão de se afastar do Palácio do
Planalto, passando a negociar nas reuniões constantes com o PSDB, que está
interessado na queda do PT do comando da República, no exato momento em que o
líder do partido, Lula, atravessa sérias dificuldades. Ainda na madrugada desta
terça-feira, o ministro do STF, Luiz Fux, em mais uma derrota do governo,
manteve a decisão contrária ao pedido da Advocacia Geral da União (AGU) que foi
estabelecida pelo ministro Gilmar Mendes, quando negou a posse do ex-presidente
para ocupar o cargo de Chefe da Casa Civil “por estar fugindo da Justiça”.
Agora, resta a última decisão do colegiado, que somente acontecerá depois da
Semana Santa, com um julgamento definitivo. A presidente Dilma está, portanto,
no fio da navalha, no cai não cai. A sua situação é crítica.
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