Catta Preta diz não ser 'cego e surdo’ e se basear no processo para barrar posse de Lula

O juiz Itagiba Catta Preta Neto garantiu, nesta quinta-feira (17), que utilizou “o que estava no processo” para tomar a decisão que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil (veja aqui), porém afirmou que “o juiz não é surdo nem é cego ao que está acontecendo em todo o Brasil”. Em redes sociais, Catta Preta Neto publicou mensagens contrária à presidente Dilma Rousseff (veja aqui) e minimizou um eventual conflito de interesses ao tomar decisões em sentido similar ao das convicções políticas pessoais. “Qualquer juiz, qualquer ser humano, sempre vai ter uma influência, vai agir conforme suas convicções, políticas, religiosas, familiares. Quem julga é um ser humano, não é uma máquina”, justificou o juiz. Segundo ele, a participação em protestos contra o governo foi motivada por “uma indignação contra a corrupção contra o desgoverno”. “Isso não é uma postura judicial, é minha postura como cidadão. Estou agindo de acordo com a minha cidadania. No momento em que atuo como juiz, eu observo o que está na petição e o que está na Constituição brasileira”, citou Catta Preta Neto, em entrevista à rádio Band News FM. O juiz, no entanto, admitiu que a decisão liminar dele cabe recurso e que até ele mesmo pode repensar o despacho. “Posso inclusive rever a decisão”, indicou, caso haja a interposição de recursos.


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