Cardozo diz que suposta delação de Delcídio foi ‘vingança’ contra Dilma

O recém-empossado ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, participou de coletiva com a imprensa nesta quinta-feira (3) para rebater a suposta delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), publicada na revista IstoÉ. Em reunião com a imprensa, Cardozo rebateu, trecho por trecho, todas as acusações divulgadas pela reportagem. Entre as “invenções” estariam a citação do próprio ex-ministro da Justiça. Segundo a Istoé, Delcídio relatou ao grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República, na Operação Lava Jato, que Dilma e Cardozo conversaram com auxiliares e nomeou ministros para tribunais superiores, principalmente o Superior Tribunal de Justiça, que fossem favoráveis às teses das defesas de acusados, de forma a ajudar empreiteiras e políticos alvos da força-tarefa. “Ele diz que eu fui pra Santa Catarina falar com [desembargador do STJ, Newton] Trisotto pra soltar presos da Lava Jato. Por que eu iria pra Santa Catarina discutir com alguém que estava em Brasília? É uma coisa tão fora de propósito. [...] Essa delação, se for verdade, é completamente inconsistente. Foi vingança aliada à vontade de sair da prisão”, defendeu Cardozo. Segundo o agora chefe da AGU, Delcídio fazia visitas “quase diariamente” ao Ministério da Justiça, principalmente para conversar sobre as investigações da Polícia Federal, e que já “beirava o insuportável com sua ânsia republicana e democrática”. “Eu brincava com ele que ia colocar uma plaquinha com o nome dele. Ele me dizia ‘Nós temos que ver o que está acontecendo na Lava Jato. Os réus estão sendo pressionados pra fazer delação pra serem soltos’. Eu dizia: ‘Manda representar’”, detalhou. “Eu achava que ele estava defendendo o governo. Mas agora vejo que ele não estava defendendo nada que não fosse sua própria sobrevivência”, completou. Cardozo alegou que o senador “está misturando fatos na sua tentativa de fazer uma vingança”: “é muito fácil construir delações unindo desejo de vingança com aquilo que já aconteceu, sem provas ou qualquer coisa que pudesse referendar”.


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