26 fevereiro, 2016

Régis questiona pedidos de empréstimo de R$ 2,5 bi: ‘A AL-BA vai virar uma secretaria’ por Fernando Duarte / Rebeca Menezes

Régis questiona pedidos de empréstimo de R$ 2,5 bi: ‘A AL-BA vai virar uma secretaria’


                                               Foto: Divulgação

Quando o governo do Estado encaminhou para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um projeto que solicitava um empréstimo de US$ 400 milhões, a obstrução da oposição fez com que a sessão durasse 36 horas ininterruptas. E se essa for uma tendência, os parlamentares baianos devem se preparar para jornadas longas e poucas horas de sono nas próximas semanas. No dia 19 de fevereiro, o governador Rui Costa encaminhou à Casa um novo pedido de empréstimo de US$ 300 milhões. Nesta quinta-feira (25), outros dois pedidos também foram submetidos à apreciação dos deputados: um de US$ 200 milhões e outro de 150 milhões de euros. Para o líder da oposição na AL-BA, Sandro Régis (DEM), as solicitações – que somam cerca de R$ 2,5 bilhões – mostram a falta de planejamento financeiro do Estado. “O governo quer sair com o pires na mão contratando operação de crédito em bancos nacionais e estrangeiros para cobrir os rombos da má gestão dos 9 anos do governo petista", criticou o democrata. Segundo Régis, após contingenciar por decreto R$ 600 milhões originários da fonte de recursos de operação de crédito externo, o governo solicitou valores destinados aos mesmos programas. "Isso só comprova a falta de planejamento de um governo que parece cego em tiroteio", criticou. Mas para ele, este não é o único problema nos projetos enviados pelo Executivo. Com maioria na Casa, a tendência é que o governo consiga aprovar o regime de urgência e fazer com que os documentos sejam apreciados sem passar pelas comissões. “Mais uma vez, o que vai acontecer? A Assembleia vai abrir mão da prerrogativa de legislar, vai se tornar mais uma vez a secretaria do governo e vai votar isso aí em regime de urgência. É muito dinheiro. Você não pode votar projetos como esses sem ser discutido na Casa. Eles não podem chegar, ir pra regime de urgência na terça e serem votados na semana seguinte”, alertou. “A população nos colocou aqui pra defender a sociedade, não pra dar cheque em branco pro governador. Se for pra ser assim, é melhor fechar o parlamento”, concluiu.

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