Lava Jato: Gilmar Mendes vê como tragédia possíveis provas contra João Santana
O ministro do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal (STF), Gilmar Mendes, disse hoje (23) que
será uma “tragédia” se as provas colhidas na 23ª fase da Operação Lava Jato
associarem os recursos depositados em contas do marqueteiro João Santana no
exterior a campanhas eleitorais.
“Precisamos saber a substância do
que está por trás. Precisamos esperar os desdobramentos. Mas essa é a pergunta
chave: se, de fato, estiver associado à campanha [eleitoral] brasileira é uma
tragédia nacional”, afirmou Mendes ao chega à cerimônia de posse da diretoria
do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB).
(OAB).
“Se [os recursos] estiverem
associados à campanha eleitoral, é de uma gravidade que não preciso explicitar.
Isso mostra abuso de poder econômico, caixa dois. Mas precisamos esperar”,
acrescentou Mendes.
João Santana, preso hoje pela
Polícia Federal, coordenou as duas campanhas da presidenta Dilma Rousseff, em
2010 e 2014, e a campanha à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em 2006. O marqueteiro e a mulher dele, Mônica Moura, tiveram a prisão
decretada ontem (22) pelo juiz Sérgio Moro. Os investigadores da Lava Jato
suspeitam que eles usam contas secretas no exterior para receber dinheiro do
esquema de corrupção na Petrobras.
Gilmar Mendes afirmou que as
provas da 23ª fase da Lava Jato poderão ser usadas pelo TSE no julgamento da
ação proposta pelo PSDB, que pede cassação dos mandatos da presidenta Dilma
Rousseff e do vice, Michel Temer, porde poder econômico e político: “Já está
havendo o das provas e, certamente, as provas [da Lava Jato] irão para os autos
[do TSE].”
(Fonte Agência Brasil)
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