CIA denuncia que Estado Islâmico produz e usa armas químicas em guerra

O diretor da agência de inteligência dos Estados Unidos (CIA), John Brennan, denunciou nesta sexta-feira (12) que o grupo extremista Estado Islâmico utilizou armas químicas diversas vezes em campo de batalha e consegue fabricar pequenas quantidades de cloro e gás mostarda. “Houve um certo número de vezes em que o grupo extremista Estado Islâmico utilizou armas químicas no campo de batalha” e a “CIA acha que o grupo tem capacidade de fabricar pequenas quantidades de cloro e gás mostarda”, afirmou, em entrevista à estação televisiva CBS. Segundo informações da Agência Lusa, Brennan também fez o alerta para a possibilidade do grupo tentar vender armas para o Ocidente, com o objetivo de obter ganhos financeiros. “Acho que há esse potencial. É por isso que é tão importante cortar as rotas de transporte e de contrabando que usam”, avaliou. Questionado sobre se a existência de “ativos norte-americano no terreno” à procura de possíveis esconderijos de armas químicas ou laboratório, Brennan afirmou que a CIA está “ativamente envolvida nos esforços para destruir o grupo Estado Islâmico e obter o máximo conhecimento sobre o que existe na Síria e no Iraque”. As declarações do gestor ocorreram dois dias após comentários semelhantes serem feitos pelo conselheiro do presidente norte-americano para assuntos de informações, relacionados com a segurança nacional, James Clapper, a uma comissão do congresso americano. “O Estado Islâmico usou produtos químicos e tóxicos no Iraque e na Síria, incluindo gás mostarda”, afirmou terça-feira (9) James Clapper. Clapper informou também que é a primeira vez, desde o ataque com gás sarin no metro de Tóquio, em 1995, que um grupo extremista produz e usa um agente de guerra químico.

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