Obama quer reduzir armas nos EUA e chora ao lembrar de massacres

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (5) uma reforma ao controle de posse e uso de armas no país. Obama pede “consenso” porque a ação é necessária, “não para lamentar o último tiroteio, mas para evitar o próximo”. Entre sonoros aplausos, o presidente lançou duras críticas ao Congresso.
Todos os anos, recordou Barack Obama, morrem 30 mil americanos em resultado de violência com recurso a armas de fogo, uma lista onde se incluem homicídios e suicídios.
“Não somos mais propícios a violência, mas somos o único país avançado no mundo que assiste à erupção deste tipo de violência em massa com esta frequência. Não acontece noutros países avançados. Nem por sombras”, indicou o presidente, num comunicado transmitido ao vivo nas televisões internacionais.
“Por alguma razão deixamos de querer saber, começamos a pensar que isto é normal”, acrescentou, recordando que “as desculpas constantes para não fazer nada não podem continuar. Já não chegam. E é por isso que estamos aqui hoje. Não para lamentar o último tiroteio, mas para evitar o próximo”.
O Presidente dos Estados Unidos diz que acredita na Segunda Emenda (à Constituição dos Estados Unidos, que protege o direito aos americanos de possuir e carregar armar) mas que há espaço para medidas de controlo de armas dentro desses direitos.
Em termos sumários, o atual presidente americano pede mais cuidado em todas as vendas de armas, com investigações e pesquisas de cadastro às pessoas que o querem fazer.
Barack Obama lançou críticas ao Congresso por, “mesmo após San Bernardino”, não terem feito mais para mudar a legislação. “Isso não é certo, não pode estar certo”, indicou, entre aplausos.
Presidente dos Estados Unidos emociona-se ao falar das crianças vítimas desta violência. “Não temos que aceitar esta carnificina como preço pela liberdade”, explicou, numa referência à Segunda Emenda.
Obama pede mais proteção para as crianças, dificultando o seu acesso a armas de fogo através do recurso a desbloqueio com impressões digitais.Foi neste momento que o Presidente deixou escapar algumas lágrimas.
“Cada vez que penso naquelas crianças fico furioso”, indicou, lembrando Newtown. “E isto acontece nas ruas de Chicago todos os dias”, afiançou, pedindo aos portadores de armas para que se juntem a esta luta.
  (© Fornecido por Notícias ao Minuto)

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