Após brigas, Dilma dá ‘aula’ de democracia: ‘impeachment não é golpe’ por Rebeca Menezes
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Após série de brigas entre militantes pró e contra o
governo, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu interromper o discurso
que fazia sobre a seca no Nordeste para dar “uma aula de democracia”.
Durante a inauguração da Estação Pirajá, do metrô de Salvador, um grupo
chamava o prefeito ACM Neto (DEM) de “presidente do Brasil” (veja aqui) enquanto o outro rebatia com “não vai ter golpe” (veja aqui).
A briga se intensificou quando Dilma falava sobre a transposição do Rio
São Francisco e ela decidiu mudar o rumo do discurso. “Nós somos
democratas. As manifestações continuam porque é intrínseco à democracia e
nós lutamos muito para que as pessoas tenham direito de se manifestar
como e quando quiserem. Pessoas lutaram, morreram, foram torturadas. Eu
acredito na democracia e vou falar sobre o impeachment”, defendeu a
presidente. “Por que não vai ter golpe? Impeachment não é golpe, está
previsto na Constituição. Ele vira golpe quando não há fundamento legal
para que ele ocorra. Eu tenho uma vida ilibada, não há nenhuma acusação
fundada contra mim”, completou. Dilma continuou, explicando a diferença
entre Parlamentarismo e Presidencialismo e disse que não podia ser
retirada do cargo porque um grupo defendia a tese do “quanto pior,
melhor” para chegar ao governo. “Eu, por acaso, ganhei 54 milhões de
votos. Não gostar do presidente, querer encurtar o tempo, perder
eleições sistematicamente não são alegações previstas na constituição.
Por isso eu digo: o nosso país precisa de tranquilidade. [...] Enquanto
estiver essa tese, é pior pro povo brasileiro e melhor para poucos”,
ironizou.
(Fonte Bahia notcias)
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