Mercado de trabalho de Salvador segue pagando menos para negros e mulheres

O mercado de trabalho de Salvador e Região Metropolitana continua refletindo racismo e sexismo em seus salários, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). De acordo com o jornal Correio, o rendimento médio da mulher negra em 2014 foi de R$ 1.705, valor que equivale a 53,6% do salário de um homem não negro, categoria que apresenta o maior índice, com média mensal de R$ 2.223. Por outro lado, 22 mil negros entraram no mercado de trabalho no último ano e passaram a representar 92,4% da População Economicamente Ativa (PEA) da Região Metropolitana de Salvador (RMS), um aumento de 0,7% na comparação com 2013. Os dados foram divulgados pela SEI esta terça-feira (18), como um recorte por gênero e etnia da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da RMS. A diferença nos salários ainda é grande e só aumentou nos últimos anos. Os rendimentos mensais de mulheres negras e homens negros subiram 4,3% e 0,5%, respectivamente, em relação a 2013. Enquanto isso, a população não negra também viu avanços, com aumentos de 8,6% para mulheres e 4,2% para homens. "Ainda temos um mercado de trabalho racista e sexista, por isso o grupo composto por mulheres negras é o mais penalizado, com rendimentos mais baixos, postos de trabalho precários e instáveis", explica o analista de pesquisas sociais da PED, Luiz Chateaubriand, em entrevista ao jornal Correio.

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